Hoje, chegando em São Paulo, vi um prédio muito legal, que nunca tinha reparado!
Seguem algumas fotos, que obtive agora, voltando a ele, dessa vez com o google maps.
"'Learn three new things before you come back to us,' the kindly man had commanded Cat, when he sent her forth into the city. (...) 'What do you know that you did not know when you left us?' he would always ask her." (A Feast for Crowns - George R. R. Martin)
Jul 22, 2014
Jul 7, 2014
(500) Dias com Ela
Nessa segunda assisti um dos melhores filmes que já vi!
O filme conta a história de um relacionamento, pelo ponto de vista dele. A história é contada de forma não linear, indo e voltando no tempo e com uma a paisagem que sempre aparece nesses momentos e que acompanha o humor do personagem.
O filme começa com uma música da Regina Spektor (Us) e logo nos primeiros 15 min há referências à Belle & Sebastian e The Smiths! (já fui ganho aí). Existem vários detalhes legais na forma como a história é contada que fazem valer muito a pena assistir. Há um narrador eventual e excessivamente detalhista, muitas, muitas ironias e uma cena legal em que ele vai numa festa e a tela é dividida em duas, confrontando expectativa x realidade.
Vejam o trailer:
Jul 2, 2014
Números racionais e o firmamento dos irracionais
To vary slightly a striking metaphor coined by E. T. Bell, the rational numbers are spotted along the real line like stars against a black sky, and the dense blackness of the background is the firmament of the irrationals.
Introduction to Topology and Modern Analysis - George F. Simmons
Encontrei essa citação essa semana e a adorei porque ela reúne em uma só imagem duas coisas que eu gosto muito, matemática e astronomia. E os significados dessa metáfora são bem profundos, por ambos os lados, acho que posso tentar escrever sobre isso.
Primeiro, à matemática!
A primeira coisa que você precisa saber para entender a relação entre os números racionais e os números reais é que existem diversos tipos de infinitos, dizemos que dois conjuntos possuem a mesma cardinalidade (o mesmo "número de elementos") se existe uma função bijetora entre eles, isto é, se existe uma função que associa cada elemento de um conjunto a um elemento do outro. (Encontrei um texto bom sobre infinitos aqui.)
O infinito mais simples é o infinito enumerável, que pode ser, literalmente, contado (isto é, posto em bijeção com os números naturais), não é óbvio, mas os números racionais podem ser enumerados, o truque é contá-los em zigue-zague, como a figura seguinte sugere, incluir os negativos e pular as ocorrências repetidas (como 2 = 4/2), você obterá uma sequência assim: {0, 1, -1, 2, -2, 1/2, -1/2, , 1/3, -1/3, 2/3, -2/3, ...}. (Existe uma outra forma bem bonita de enumerar os racionais, mais detalhes no livro Proofs from the BOOK, trecho aqui.)
O próximo passo é descobrir que os números reais não podem ser enumerados, e portanto pertencem à um infinito "maior", isto geralmente é mostrado pelo argumento de diagonalização de Cantor.
Por fim, há o fato dos racionais cobrirem a reta dos números reais de forma densa, isto é, apesar de existirem infinitamente menos racionais do que reais, os números racionais estão espalhados por toda a reta e todo número real pode ser aproximado por um número racional. (Sobre isso, achei um post muito bom em outro blog, aqui.)
Agora, à astronomia:
Por esse lado, essa frase me faz lembrar a história do paradoxo de Olbers, proposto no século XIX, no contexto do avanço das observações astronômicas e perguntas sobre a natureza do universo. Questiona que se o universo é infinito com as estrelas distribuídas uniformemente no espaço, o céu deveria ser tão claro quanto a superfície de uma estrela. Atualmente, esse paradoxo se resolve com considerações adicionais sobre a distribuição das estrelas no espaço (existência de galáxias e grandes vazios), a idade do universo, expansão e propagação da luz.
ATUALIZAÇÂO(18/07/14): Encontrei um vídeo muito bom sobre o tema!
Em todo caso, voltando à metáfora, podemos nos apegar à imagem de que o número de estrelas no céu é enumerável, mas a escuridão do céu não... :P
O próximo passo é descobrir que os números reais não podem ser enumerados, e portanto pertencem à um infinito "maior", isto geralmente é mostrado pelo argumento de diagonalização de Cantor.
Por fim, há o fato dos racionais cobrirem a reta dos números reais de forma densa, isto é, apesar de existirem infinitamente menos racionais do que reais, os números racionais estão espalhados por toda a reta e todo número real pode ser aproximado por um número racional. (Sobre isso, achei um post muito bom em outro blog, aqui.)
Agora, à astronomia:
Por esse lado, essa frase me faz lembrar a história do paradoxo de Olbers, proposto no século XIX, no contexto do avanço das observações astronômicas e perguntas sobre a natureza do universo. Questiona que se o universo é infinito com as estrelas distribuídas uniformemente no espaço, o céu deveria ser tão claro quanto a superfície de uma estrela. Atualmente, esse paradoxo se resolve com considerações adicionais sobre a distribuição das estrelas no espaço (existência de galáxias e grandes vazios), a idade do universo, expansão e propagação da luz.
ATUALIZAÇÂO(18/07/14): Encontrei um vídeo muito bom sobre o tema!
Em todo caso, voltando à metáfora, podemos nos apegar à imagem de que o número de estrelas no céu é enumerável, mas a escuridão do céu não... :P
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