Durante o passeio no centro, perto da Sé, fui no CCBB, achei que isso merecia uma postagem a parte.
Lá está tendo exposição de Iberê Camargo, um artista que pinta sofrimento e solidão.
Seus quadros são bem carregados, com formas distorcidas, cores escuras e tinta grossa (tem também aqueles quadros sem forma, que parece um monte de tinta jogada, como se tivesse havido uma batalha no local). Imagens aqui.
O que eu achei mais legal foi o museu em si, eles criaram corredores e paredes para essa exposição. As salas estão mais fechadas, cheias de ante-salas e corredorsinhos... Quando você chega num andar, você nunca sabe pra que lado está a exposição e algum funcionário te diz para onde ir. Eu pensei que fosse má organização, mas só depois caiu a ficha que isso gera um ambiente claustrofóbico que combina muito com os quadros!
Por fim, tinha esse texto dele numa parede, é cheio de pequenas afirmações.
A lenda chinesa ensina que a espontaneidade - Tchuang-tseu desenhou um siri num abrir e fechar de olhos - exigiu de Tchuang-tseu anos e anos de aprendizado e observação da natureza (...)
Viver é andar, é descobrir, é conhecer. No meu andarilhar de pintor, fixo a imagem que se me apresenta no agora e retorno às coisas que adormeceram na memória (...)